Queijo Cabacinha é declarado patrimônio cultural e imaterial de Minas Gerais

Segunda, 07 de Agosto de 2023

 No início do mês de julho, o governador Romeu Zema (Novo) decretou o queijo Cabacinha como patrimônio cultural e imaterial do estado de Minas Gerais por meio da lei nº 24.379. A promulgação foi celebrada pelos produtores do queijo tradicional no Vale do Jequitinhonha. 

A lei, como explicado em publicação no Diário Oficial do Estado, tem por objetivo valorizar bens, expressões e manifestações culturais dos diferentes grupos formadores da sociedade mineira. Segundo um levantamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), 160 famílias produzem o alimento em sete municípios da região.

 

Produção 

A produção já se tornou tradição entre as famílias. Itamar Mauricio Gomes, do município de Medina, a 660 km de Belo Horizonte, aprendeu com os pais a arte de fazer queijo. “Eu sou pequeno produtor rural, filho de produtor. Há muito tempo, meus pais produziam requeijão, o que ficou muito dispendioso, muita mão de obra. Eles pararam de produzir requeijão, começaram a produzir queijo e, hoje, temos meu pai, eu e mais quatro irmãos produzindo Cabacinha”, contou. 

A iguaria é produzida exclusivamente com leite cru de vaca, o processo de fermentação dura de 12 a 24 horas. O molde acontece manualmente, com imersão em água quente. Por fim, o produto passa por um período de maturação, no qual é pendurado para secar. O Queijo Cabacinha leva esse nome devido ao seu formato, que se assemelha a uma ‘cabaça’, nome popular dado ao fruto milenar. 

 

Crédito da imagem: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA MINAS

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