O Repórter Record Investigação, apresentado por Roberto Cabrini, se aprofunda em um golpe que cresceu assustadoramente durante a pandemia: o uso da internet por golpistas para cometer crimes contra mulheres, resultando em prejuízos financeiros, emocionais e físicos.

Eles são bons de lábia. Na maioria das vezes, apresentam-se na internet como homens bem-sucedidos e, em alguns casos, usam até foto de pessoas famosas. Eles estão sempre à caça de mulheres que pretendem encontrar o verdadeiro amor nas redes. Mas, por trás do perfil de príncipe encantando, estão golpistas, agressores e estupradores.

De acordo com a Central Nacional de Crimes Cibernéticos, em 2020, em plena pandemia, houve quase 13 mil denúncias desse tipo no Brasil. O número é quase o dobro do que foi registrado em relação ao ano anterior.

Lourdes e Priscila fazem parte dessa estatística. As duas começaram a se relacionar virtualmente com golpistas que se passavam por profissionais qualificados no mercado de trabalho. Ambas perderam dinheiro e ficaram psicologicamente abaladas.

“Eu me encantei por ele, fiquei apaixonada. Mas ele sempre dava uma desculpa para não se encontrar comigo. Aí fui depositando dinheiro para ele. Porque ele dizia que estava precisando, para resolver um problema no Porto de Santos”, conta Lourdes.

Priscila também depositou valores para o suposto namorado. “Eu sempre tive uma reservinha no banco. Mandei para ele R$ 3,5 mil, só que depois eu descobri que o perfil dele era falso”, relembra.

No interior de Minas Gerais, um encontro pelas redes colocou três jovens no caminho de um agressor. São meninas que saíram para conhecer um rapaz e viraram vítimas de estupro. “Ele já começou a me agarrar, me segurar com força, me enforcar, ele ia me matar”, descreve uma das vítimas, que não quer se identificar. “É muito difícil, é um machucado que fica aberto, é uma ferida que demora”, revela outra jovem, que também prefere manter a discrição sobre sua identidade.

No ABC paulista, um romance que parecia promissor terminou em vidas devastadas por um estelionatário perigoso que a polícia chama de Don Juan.

E ainda: o programa mostra as quadrilhas especializadas em enganar e roubar mulheres, conhecidas como “scammers”.

O Repórter Record Investigação vai ao ar nesta quinta-feira, às 22h45. A apresentação é de Roberto Cabrini.

Foto: Reprodução/Record TV