Repórter Record Investigação mostra a rota do tráfico de animais
No Repórter Record Investigação desta quinta-feira (8), o jornalista Roberto Cabrini e equipe trazem reportagem exclusiva sobre um dos crimes mais cruéis e rentáveis do mundo: o tráfico de animais.
A cada ano, estima-se que 38 milhões de espécies de animais sejam capturados da natureza brasileira e vendidos ilegalmente pela internet, ou em mercados e feiras clandestinas, segundo a RENCTAS - Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres.
É um comércio dominado pelo crime organizado, que movimenta R$ 3 bilhões somente no Brasil. Na mira dos traficantes, estão principalmente aves, répteis e peixes. Muitos ameaçados de extinção.
O jornalista Roberto Cabrini e as equipes do Repórter Record Investigação seguiram as rotas do tráfico de animais silvestres no país. Dos locais mais afastados, passando pelas estradas e internet, até os mercados ilegais.
A estrada
Nos últimos dois anos, a Bahia foi o segundo estado que mais apreendeu animais silvestres. Foram 6.518, 15% do total resgatado no Brasil.
Na BR 116, na divisa com Minas Gerais, acompanhamos uma operação da Polícia Rodoviária Federal no combate ao tráfico.
Ao parar um veículo, a surpresa: dezenas de pássaros silvestres, com pouco alimento e quase nenhum acesso à agua. Os bichos estavam numa caixa, envolvidos em tecidos, embaixo dos bancos.
Quando questionado pelo nosso repórter, o homem responde: "Traficar animal é um direito que a gente tem, vou te falar só isso", resume, indignado.
O programa vai mostrar também outras operações da PRF.
As feiras e mercados clandestinos
O Repórter Record Investigação flagrou o comércio de animais em feiras clandestinas de São Paulo, onde se vende ilegalmente desde cães e gatos até cobras e tartarugas.
Os pets são negociados à vista de todos, ao contrário do que acontece com os animais silvestres. Tartaruga, por exemplo, é comercializada por R$ 100 a unidade.
Uma mulher oferece um filhote de jararaca. E mostra a foto no celular.
"É filhotinha ainda, é pegar e levar. Você pode colocar numa aquário", sugere.
A internet
O repórter Daniel Mota constatou que as redes sociais facilitaram - e muito - a vida dos traficantes. Ele telefonou para um dos anunciantes e simulou o interesse pelo trinca-ferro, um passarinho altamente valorizado no mercado do tráfico.
O vendedor diz que o trinca-ferro custa R$ 700. E manda uma foto para comprovar que o animal está na gaiola.
Em seguida, ele direciona nosso repórter para o canal que mantém em uma rede social. Um traficante que faz propaganda virtual! E dispara: "Comigo não tem gracinha, não, a firma trabalha top".
E mais: você vai ver para onde são levadas as espécies apreendidas pela polícia e pelo IBAMA. E os melhores especialistas no assunto.
O Repórter Record Investigação desta quinta (8), vai ao ar a partir das 22h45, logo depois da novela Topíssima na tela da Record TV.
Foto: DIVULGAÇÃO/ RECORD TV