Repórter Record Investigação mostra impactos da pandemia em comunidades carentes
Durante 10 dias, Roberto Cabrini percorreu vielas e becos das duas maiores favelas do estado de São Paulo para registrar o desespero daqueles que enfrentam a pandemia do novo coronavírus sem emprego, sem alimento e sem condições de cumprir as regras de higiene e distanciamento social.
As equipes do Repórter Record Investigação também saíram às ruas da maior e mais rica cidade do país com o desafio de captar a situação dramática da população em situação de rua, em meio à pandemia.
As comunidades de Paraisópolis e Heliópolis, juntas, têm mais de 350 mil moradores. A maioria vive em barracos improvisados, onde famílias numerosas se apertam em no máximo dois cômodos.
"Os moradores de favelas formam um território com mais de 16 milhões de pessoas em todo país, que é um território maior que o estado da Bahia. E é nesse território que nós encontramos o maior número de pessoas que não tem condições básicas de sobrevivência durante o período de crise. Quase 50% dos lares das favelas não têm água encanada, quanto mais álcool em gel", ressalta Renata Meirelles, pesquisador do Data Favela.
"Não tenho fogão, não tenho banheiro, não tenho comida", resume dona Isabel Freire, moradora de Paraisópolis.
Do outro lado da cidade, no centro de São Paulo, Márcia também não tem o que comer. Só que a situação dela é ainda pior. Mora na rua com o companheiro e o filho de sete anos. Sem conseguir pagar aluguel, a família foi despejada há seis meses. Tudo que eles têm agora está protegido debaixo de um cobertor, que usam para dormir.
"Agora a gente vive de doação. Meu marido faz uns bicos, mas não consegue nada. Porque está tudo fechado. O jeito é vender balinha no farol", lamenta Márcia.
E mais: estudiosos e especialistas falam sobre os desafios econômicos e sociais impostos pela pandemia.
Você não pode perder o Repórter Record Investigação desta quinta-feira (1º), logo após a novela Topíssima.