O programa desta quinta (25) conta quais são os principais destinos das empresas irregulares e ainda revela qual é a cidade onde todo mundo tem um parente ou conhece alguém que morreu em uma viagem ilegal.

Enquanto você lê esse texto, milhares de pessoas viajam pelo país em ônibus clandestinos sem condições mínimas de segurança. O Repórter Record Investigação desta quinta (25) mostra uma investigação completa sobre esse tipo de transporte, que coloca tantos passageiros em risco nas estradas brasileiras.

As equipes da Record TV vão mostrar também os principais destinos das empresas irregulares. E a cidade onde todo mundo tem um parente ou conhece alguém que morreu em uma viagem ilegal. A reportagem é de Rogério Guimarães, Flávia Prado, Leopoldo Moraes e Mariana Ferrari.

Por falta de opção e condição financeira, muita gente é obrigada a recorrer ao transporte clandestino. Seja para ir ao trabalho, para visitar a família ou buscar oportunidades na cidade grande. Só que a viagem irregular pode ser um caminho sem volta.

Nos últimos 13 anos, mais de um milhão e oitocentos mil acidentes foram registrados nas rodovias do país. As ocorrências com ônibus clandestinos são quatros vezes mais letais, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Um desses acidentes aconteceu recentemente, na cidade mineira de João Monlevade, em que 19 pessoas morreram e outras 32 ficaram feridas. O ônibus saiu da pequena Água Branca, em Alagoas, com destino a São Paulo.

"Quando caiu da ponte, ouvi muita gritaria, muita gritaria mesmo! Eu vi muitos corpos ao meu redor. Foi cena de terror", relembra Anderson, um dos sobreviventes.

Graziela perdeu a irmã, Amanda, de 19 anos, que veio visitar a família na capital paulista. "Meu coração estava apertado, mas mesmo assim eu deixei ela ir. Eu estava me sentindo culpada, porque eu podia ter dito não pra ela", revela.

De acordo com testemunhas, uma correia do ônibus tinha estourado e danificado parte do motor. Aí o mecânico trocou a peça e botou uma correia usada. Disse ao motorista para voltar e fazer a revisão. Só que isso não aconteceu.

A nossa investigação registrou agências clandestinas funcionando a todo vapor no centro de São Paulo. Uma delas é a mesma que encontramos no interior de Alagoas, investigada pelo acidente de Minas Gerais. Ao ser questionado pela equipe do Repórter Record Investigação, o dono se irrita, chama a polícia e diz isso: "o acidente meu não é o primeiro, nem o único, nem o último, entendeu?”, em tom de deboche.

E mais: as empresas de ônibus que funcionam com liminar da justiça. E a venda de passagens, no interior nordestino, em locais improvisados, dentro de bares e mercados.

Você não pode perder! É no Repórter Record Investigação desta quinta (25), a partir das 22h45, logo depois da novela Topíssima.