Câmera Record desembarca em cidade flutuante no coração da Amazônia

Domingo, 06 de Dezembro de 2020

Islândia. A imaginação logo nos transporta para a terra dos vikings, mas a paisagem de céu azul não guarda uma aurora boreal. A relação entre o país do norte-europeu e a Islândia cravada no coração da Amazônia não passa do nome. Estamos em uma terra de clima muito quente e rotina ditada pela força de um rio.

 

Câmera Record foi conhecer o povoado de aproximadamente quatro mil pessoas, onde as casas são todas de palafitas. A altura de algumas sustentações pode chegar a cinco metros. Estruturas pensadas para resistir à cheia do Rio Javari. Durante metade do ano, a cidade precisa funcionar sobre as águas, o que rendeu o apelido de "Veneza amazônica".

 

Mas a estrutura adequada às mudanças do rio nem sempre atende às necessidades dos moradores. O fornecimento de energia elétrica dura poucas horas, como conta seu Adriano Java. “Ela chega aqui nove horas e vai até o meio-dia. Aí, desliga tudo”, explica. O fornecimento diário de água também é muito rápido. Outro problema: o lixo. Moradores relatam que o esgoto acaba sendo jogado diretamente na água e, quando vem a seca, a sujeira se espalha pela cidade e fica evidente.

 

Mesmo com uma vida tão simples, o que mais dói para seu Adriano é a saudade. Depois de 40 anos, a mulher dele quis se separar. Adriano diz não saber o motivo. Até tentou agradar a antiga companheira buscando uma vida melhor, dentro das possibilidades que a cidade flutuante oferece. “Eu fiz essa casa daqui, para ela dizer: 'eu vou lá morar com ele, né?'. Mas ela não voltou”, revela.

 

A esposa de Bernardo Sandoval, outro morador de Islândia, também partiu. Mas, diferentemente de Adriano, Bernardo sabe muito bem o motivo - e não gosta de relembrar. A filha deles morreu afogada nas águas da cidade. “Eu estava assistindo televisão e, quando a procurei, ela não estava mais. Eu não vi quando ela saiu”, lamenta. Uma ferida que a mulher de Bernardo prefere curar longe de Islândia. “Sempre quando ela tá aqui... chora, né?”, diz Bernardo, também tentando conter a própria emoção.

 

A esperança, no entanto, ainda não zarpou da ilha das palafitas. A construção do primeiro hospital da cidade trouxe otimismo. Além da possibilidade de atender melhor as demandas de saúde da população, muitos moradores conseguiram empregos na obra. “Eu fiquei seis meses sem trabalho”, diz Galileu Salvador, que agora participa da construção.

 

Você não pode perder! É neste domingo (6), às 23h45, logo após A Fazenda 12, na Record TV. 

 

Crédito da foto: Divulgação/Record TV

Saiba das nossas novidades

Cadastre-se abaixo e receba a nossa newsletter.
Ao inserir minhas informações pessoais nos campos acima, declaro que li e concordo com a Declaração de Privacidade do Site, e autorizo a TV Sociedade a me enviar Newsletter
Record
Av. do Contorno, 1545 - Floresta - Cep 30.110-005 Belo Horizonte - MG / Telefone: (31) 3217.8200