Câmera Record mostra aumento de acidentes com entregadores durante a pandemia

Sexta, 23 de Outubro de 2020

O Câmera Record deste domingo (25) mostra como, durante a pandemia, o trabalho dos entregadores disparou, causando também um aumento no número de acidentes graves e mortes envolvendo motoqueiros. 

 

Eles rasgam o trânsito em alta velocidade, numa batalha diária contra o relógio. O avanço do coronavírus fez as pessoas se recolherem em casa e as ruas ficaram desertas. Se não fossem os motociclistas, não teria nada de remédio, comida e outros tipos de serviço chegando na porta de casa. 

 

Na urgência de não deixar o país estacionar e com o trânsito livre, os motoqueiros aceleraram ainda mais. A concorrência também se acirrou. Houve um aumento de 20% no número de entregadores em São Paulo. Agora são 280 mil nas ruas da cidade.

 

Só que o custo de levar parte da economia nas costas foi alto. Os acidentes graves envolvendo entregadores aumentaram durante a pandemia.

 

Muitos dos sobreviventes não vão voltar para o asfalto. É o caso de Eberton. Motoqueiro experiente, ele sofreu um acidente grave no Dia das Mães enquanto fazia entrega de comida. Teve um mal súbito e bateu de frente com um carro que vinha na pista contrária. “Tava tudo muito corrido, fazendo uma entrega atrás da outra. Indo para quarta entrega, apaguei. Não lembro de mais nada”, explica. Eberton acordou no hospital. Com traumatismo craniano, ficou 12 dias em coma, passou por uma cirurgia no quadril e uma na mão direita, fraturou a coluna e teve que amputar parte de uma das pernas. “Fiquei abalado quando o médico me disse que minha perna tinha sido amputada”, relembra Eberton.

 

Na fisioterapia, Edisma, outro motoqueiro, comemora os primeiros passos com a perna mecânica. Ele sofreu um acidente junto com a namorada. Perdeu a perna na hora. A companheira, que estava na garupa, não sobreviveu. “Quando eu vi meu corpo sem perna e depois fiquei sabendo a notícia de que ela tinha falecido, fiquei chocado”, desabafa.

Faz três meses que ele está reaprendendo andar. Dá um passo de cada vez em busca da recuperação: “agora que estou com a prótese, tenho esperança de que as coisas vão melhorar”.

 

De janeiro a agosto deste ano, em pleno isolamento social, 82 motociclistas morreram no estado de São Paulo, 54% a mais do que no mesmo período do ano passado. Na capital paulista, houve um aumento de 45% no número de mortes.

 

Alan faz parte desta triste estatística. Morreu há pouco mais de um mês, atingido por um ônibus, enquanto fazia entregas para a hamburgueria em que trabalhava.

A mãe, Conceição, sempre ficou com coração apertado quando o filho saía pra rua. “Mãe de motoqueiro não tem paz, não tem sossego. Hoje eu choro com a morte do meu filho”.

 

Não perca o Câmera Record deste domingo (25), logo após A Fazenda, na tela da Record TV.

 

Crédito da foto: Divulgação / Record TV

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