O Câmera Record deste domingo, dia 29/09, à meia-noite, apresenta uma reportagem sobre o trabalho infantil e análogo à escravidão nas plantações que sustentam o setor bilionário do cacau.

Com quatro meses de investigação em três estados e documentos obtidos com exclusividade pela Lei de Acesso à Informação, o documentário revela o cenário de extrema pobreza que envolve uma das grandes riquezas brasileiras.

Em fazendas às margens da rodovia Transamazônica e na chamada Costa do Cacau, a equipe encontrou um rastro de pobreza e desigualdade na origem de um setor que movimenta mais de US$ 110 bilhões por ano (R$ 458 bilhões – R$ 14 bilhões só no Brasil).

Em Uruçuca, na Bahia, lavradores vivem em casas sem água, luz e banheiro. No Brasil que flerta com a escravidão em pleno século XXI, tudo mesmo parece estacionado no tempo. Mateus, que trabalha no cacau há 12 anos, não tem ideia de como é um cinema. "Rapaz... Eu não sei como é, não", revela envergonhado ao repórter.

Em Medicilândia, no Pará, considerada a capital brasileira do cacau, duas em cada três famílias vivem com até meio salário mínimo.

O programa apresenta flagrantes surpreendentes de trabalho infantil durante uma fiscalizações surpresa do Ministério Público do Trabalho (MPT). E as ainda mais surpreendentes justificativas dos fazendeiros, como Raimundo 'Nó Cego'. "(Criança trabalhar) não é exploração!", esbraveja. "Outra mentira muito grande dizer que o garoto que trabalha não vai estudar porque está cansado. Mentira isso!".

"Cacau: a exploração por trás do chocolate" é um documentário inédito que, na sequência, continua nas plataformas digitais. A equipe do Câmera Record desenvolveu, em parceria com o R7.com, um projeto no 'R7 Estúdio', com material inédito, bastidores da reportagem, podcast e infográficos exclusivos para a internet, que  estará disponível, logo depois da exibição na Record TV, em  estudio.r7.com

A reportagem é de Adriana Farias, Gilson Fredy, Marcelo Magalhães e Marcus Reis.

Apresentado por Marcus Hummel, o Câmera Record vai ao ar domingo, logo após a Fazenda, à meia-noite.