Paula Richard revela nervosismo antes da estreia de Jesus
Em mais de 10 anos de Record TV, onde assinou obras como Milagres de Jesus e O Rico e Lázaro, a autora Paula Richard vive hoje um dos momentos mais especiais na carreira: contar, pela primeira vez, “a maior de todas as histórias” em detalhes na TV. Apesar da longa experiência, ela não esconde que o nervosismo é grande às vésperas da estreia da novela: “Jesus é uma grande responsabilidade e a expectativa do público é muito grande. Por outro lado, não tem como errar. É Jesus. Mas, se eu errar, não tem perdão”.
Em uma entrevista exclusiva ao site oficial, Paula Richard explicou que o trabalho foi além de uma adaptação. O grande desafio foi criar uma narrativa cronológica a partir da reunião dos quatro Evangelhos: “Temos uma história fortíssima na mão. É uma bênção. Agora, é preciso colocar numa estrutura dramatúrgica de novela. Então, você tem que preencher lacunas. Em relação a Jesus, não tem nada que não esteja na Bíblia. Sobre os outros personagens, que a gente não tem muitas informações, há muita criação. É assim para enriquecer a história de Jesus.”
E para costurar essa trama, Paula disse que vai manter o seu estilo já conhecido pelos telespectadores. Ela deve investir em romances e pitadas de humor nesta nova superprodução dividida em 150 capítulos.
“O romance inicial é José e Maria, as duas pessoas que trouxeram Jesus ao mundo. A história de João Batista está extremamente ligada a de Jesus. Então, a gente abre a [novela] com o casal José e Maria e também com os pais de João Batista. A gente humanizou essa história. Por isso, tem duas fases. É o passado das pessoas que a gente conta. Antes de Jesus vir ao mundo, ele era muito aguardado. A gente localiza o púbico na história”, conta.
E, claro, as passagens de Jesus, segundo a autora, também vão prender o público em frente à TV: “Jesus vai ter muitos momentos: os milagres, a passagem em que ele derruba o templo e a crucificação. Ele entra e emociona. Vi o Dudu dizendo que ele chora em muitas cenas.”
Paula Richard destacou ainda que, apesar de a história de Jesus ter acontecido há 2 mil anos, a mensagem Dele continua muito atual. “A gente precisa de um pouco de fé, esperança, tolerância e perdão. Jesus foi um revolucionário porque deixou vir até Ele mulheres, miseráveis, aquelas pessoas que todos achavam que não tinham mais jeito. Ele recebia todo mundo. Esse amor Dele é uma coisa incrível, até por conta do contexto histórico, o mundo em que Ele vivia, mais violento, mais cruel. É um cara fantástico”, finaliza.