José do Egito
Capítulo 21 – 12/08 – Terça-feira
Os filhos de Jacó se preparam para a viagem, que é perigosa. Benjamin é o único que ficará no acampamento. Ruben e Naamá se despedem. Bila entra na tenda e Ruben mal consegue disfarçar seus sentimentos. Hapu troca as joias de Sati por alimentos sem que ela saiba. Sati explode em fúria ao descobrir. Dissimulada, ela finge que está passando muito mal e pede que Pentephres seja chamado. Hapu desconfia, mas é obrigado a obedecer. Potifar e Apópi ficam impressionados com a habilidade de José. Ele troca os alimentos por bens valiosos, aumentando ainda mais a riqueza de sua terra. Jacó faz uma oração e pede a proteção de seus filhos. Aqueles que viajarão se despedem de suas esposas, mães e entes queridos. Os dez filhos de Jacó partem rumo ao Egito. Hapu conduz Pentephres até o quarto de sua senhora, que ainda finge uma indisposição. Enciumado, o servo ainda estranha a situação. Sati pede que Hapu saia do quarto e fica sozinha com o sumo-sacerdote. Sedutora, Sati agarra Pentephres. Durante a viagem, Simeon deixa cair um colar que pertenceu a José. Ruben e Judá reconhecem a peça e perguntam se o irmão se sente culpado. Simeon disfarça e se afasta um pouco do grupo. Saudosos, Ruben e Judá falam de José. Após a transa, Sati fica envaidecida com os elogios de Pentephres. Ele vai embora, prometendo retornar para vê-la novamente. Depois que o sacerdote vai embora, Hapu entra no quarto. Sati afirma que precisa ficar sozinha, em repouso. Uma gigantesca tempestade de areia castiga os filhos de Jacó, que se seguram uns aos outros para não se separarem. A fúria do vento é assustadora. Zilpa ainda chantageia Bila e tenta pegar seu pão. As duas começam uma discussão e entram em conflito pelo alimento. Jacó chega a tenda e Bila resolve contar que Zilpa queria seu pão. Jacó pergunta se Zilpa acredita ser melhor que Bila. Ela diz que sim, mas prefere não entrar em detalhes. Enfurecido, Jacó afirma que já havia percebido o embate há algum tempo. Ele revela que sabe de tudo que acontece no acampamento e demonstra intolerância a qualquer possível chantagem. Jacó ameaça prejudicar Zilpa caso algo aconteça com Bila. Ela tenta se fazer de desentendida, mas Jacó é incisivo e proíbe que o assunto seja abordado no acampamento novamente. Ele se vai, enfurecido, enquanto Bila diz a Zilpa que não será mais chantageada. A tempestade de areia passa. Um servo se foi com a fúria da natureza enquanto outro decide desistir. Enquanto os irmãos continuam pelo deserto, a água acaba. Potifar fica preocupado com a suposta doença de Sati. Ela é cínica e demonstra fragilidade. Azenate afirma que José deveria tentar encontrar sua família. O hebreu revela que sua ida ao Egito teve um propósito. Ele destaca que sua volta repentina poderia desestabilizar sua família. Durante a noite, os irmãos fazem uma fogueira. Eles encontram Hira, o amigo de Judá, retornando do Egito com alimentos. Ele diz a todos que as negociações devem ser feitas com o governador, que é um homem bastante sensato. Ruben e Judá conversam enquanto os outros dormem. Eles falam sobre seus amores, que são proibidos. Ruben fica surpreso quando Judá revela que todos sabem de seus sentimentos em relação a Bila. A conversa é interrompida por Simeon, que grita o nome de José enquanto tem um pesadelo. Ele desperta e inicia juma discussão com Judá, que começa a acusá-lo da morte de José. Os outros acordam e a confusão começa a se generalizar. Levi grita, exigindo que todos parem. Os ânimos se acalmam. No dia seguinte, os irmãos chegam ao Egito e ficam impressionados com sua grandiosidade. Eles chegam à fila e avistam José, vestido e maquiado como um nobre egípcio, mas não o reconhecem. José olha para a fila e gela ao ver quem o chamou. É Simeon. Ele estremece e se apoia em Mitri. José se restabelece do susto, toma coragem e dá um passo à frente. Todos os irmãos estão abaixo da plataforma. Eles olham para cima e o veem, imponente, poderoso. Um a um eles se prostram com o rosto em terra diante da autoridade de José. Ele é firme e exige que todos se levantem. Os irmãos se levantam, humildes, e não o reconhecem. José é áspero e pergunta de onde os irmãos vêm. Depois que eles explicam e afirmam que precisam de alimentos, José grita que estão mentindo. Mitri estranha o tom áspero do vizir. O hebreu afirma que todos são espiões e exige que os guardas os prendam.
Capítulo 22 – 13/08 – Quarta-feira
Os irmãos ficam apavorados e tentam se defender. Eles afirmam que todos são filhos do mesmo homem. Eles revelam que um ficou em Canaã e o outro desapareceu. José sustenta o semblante fechado, apesar da forte emoção. Ele afirma todos precisam provar o que dizem e dá sua sentença. José exige que o irmão mais novo seja trazido para o Egito. Benjamin diz a Jacó que irá até Hebrom em busca de alimentos. Mitri cochicha ao pé do ouvido de José e afirma que os homens parecem falar a verdade. O hebreu é firme e pede que seja chamado de Zafenate-Paneia, seu nome egípcio, na frente daqueles viajantes. José diz aos irmãos que um deles deve viajar e retornar com o caçula. Mais uma vez, eles tentam se explicar. José chama os guardas e exige que todos sejam presos. Naamá pede a ajuda de Bila para orar por Ruben. Atordoado, José vai para casa e pede que Mitri cuide das trocas. Benjamin e Selá são roubados no mercado. Eles correm atrás dos saqueadores e deixam Mara sozinha. Utilizando sua posição social, Pentephres consegue entrar na área dos silos junto com Hapu. Seneb entrega pão e água para os irmãos de José, que estão na cadeia. Eles contam que são hebreus, vindos de Canaã, todos filhos do mesmo pai. Como Seneb conhece a história de José, ele fica desconfiado. José chega em sua casa passando mal. Ele conta para Azenate que seus irmãos estão na cidade. Emocionado, José conta que não foi reconhecido e destaca que mandou prendê-los porque precisa pensar. Hapu e Pentephres estão prestes a adulterar os alimentos, quando Mitri chega e os surpreende. Selá e Benjamin alcançam os saqueadores, mas acabam levando a pior na briga. Mara se aproxima e aconselha a dupla a ir embora. Pentephres e Hapu conseguem se safar com uma mentira e vão embora. Mitri desconfia e pede que a segurança seja reforçada. À noite, o escriba visita José. O hebreu conta que seu mal estar se deu por conta dos viajantes que apareceram. Ele revela que são seus irmãos. Mitri fica chocado. Antes de ir embora, Mitri conta que Pentephres e Hapu estavam nos silos. José afirma que conversará com o Faraó. Ele pede ao escriba que vá até a cadeia para ver seus irmãos. Sati continua fingindo que está doente. Ela não aceita que Potifar traga outro sacerdote para cuidar de sua suposta enfermidade e pede para continuar sob os cuidados de Pentephres. Mitri revela a Seneb que os hebreus realmente são os irmãos de José. Simeon confessa aos irmãos que José está vivo. Pentephres se safa durante o interrogatório com José, Potifar e o Faraó. O comandante afirma que os supostos espiões que estão na cadeia podem ser uma ameaça. Quando Apópi fala sobre a possibilidade de execução, José se descontrola, causando certo estranhamento. O hebreu consegue disfarçar, mas Pentephres já começa a planejar algo. Azenate hesita um pouco, mas acaba falando com Tany sobre os irmãos de José. Depois de contar tudo, ela se arrepende. Pentephres tenta descobrir mais informações sobre os novos prisioneiros através de José. O sumo-sacerdote não é bem sucedido, mas fica intrigado. Alguns dias depois, José recebe os irmãos novamente. Ele decide que apenas um ficará no Egito para que os outros possam levar alimentos até sua família. O hebreu destaca novamente que o irmão caçula deve ser trazido. Tany revela a verdade sobre os novos prisioneiros para o Faraó. Furioso, ele exige que Potifar seja chamado rapidamente. Apópi afirma que os hebreus serão executados o mais breve possível. Tany tenta acalmar o marido e destaca que cabe a José decidir o futuro dos prisioneiros. José ouve uma conversa de seus irmãos e se emociona quando todos afirmam que essa é a punição divina por terem pecado. Ele chora copiosamente em um local mais reservado. Pentephres observa tudo, de longe. Como os irmãos não chegam a um consenso, José decide que Simeon ficará preso. O vizir afirma que os restantes devem levar os mantimentos para Canaã, mas caso não retornem com o irmão mais novo, Simeon será morto.
Capítulo 23 – 14/08 - Quinta-feira
Simeon é acorrentado, mas José continua mantendo o semblante severo. Ruben apressa os irmãos, que partem rapidamente. José se emociona ao vê-los partir, mas se segura como pode. Mitri se aproxima para dizer que o Faraó o aguarda. Pentephres vai até a casa de Azenate e afirma que o vizir precisa matar os novos visitantes, que perturbam sua tranquilidade. Ela revela que José não pode matar os próprios irmãos. Pentephres reage surpreso enquanto a jovem se desespera ao perceber que falou demais. Pentephres vai embora, deixando Azenate preocupada. Em uma conversa com o Faraó, José recebe a autorização para decidir o destino de seus irmãos. Durante a viagem, os irmãos decidem parar um pouco para se alimentar. Quando Levi abre um dos sacos, percebe que os siclos que haviam sido usados para troca estão ali. Todos temem que o vizir ache que são ladrões. Eles não sabem que foi o próprio José que solicitou a devolução das peças de bronze e prata. Pentephres diz a Hapu que vai revelar a verdade para Simeon. Seu objetivo é fazer com que o hebreu mate José. Azenate pede conselhos a Tany. A esposa do Faraó liga os fatos e tem certeza de que Pentephres utilizará Simeon de alguma forma. O sacerdote vai até a prisão, mas antes de revelar qualquer coisa, exige que Simeon dê sua palavra de que fará o que será proposto. Em troca, ganhará sua liberdade. Tany e Azenate chegam no instante em que Pentephres vai revelar o segredo. Ao ver sua filha junto à esposa do faraó, o sumo-sacerdote entende tudo. Tany exige que Pentephres retorne ao palácio. Como José e Apópi se ausentaram do Egito por algum tempo em função de uma viagem, Tany se torna a autoridade máxima. O sumo-sacerdote não tem outra alternativa e obedece. Simeon estranha a situação e não entende nada. No palácio, Tany ameaça Pentephres, que acaba sendo obrigado a engolir seu ódio. Após alguns dias, os irmãos chegam ao acampamento. Jacó percebe que Simeon não os acompanha. José retorna para casa e Azenate conta que por pouco Simeon não descobre a verdade. Ruben e seus irmãos explicam toda história e destacam a condição que lhes foi imposta para a libertação de Simeon. Jacó fica atordoado. Sati se irrita quando Potifar lhe traz um novo sacerdote e acaba esquecendo sua falsa doença. Ela explode e o comandante estranha a súbita melhora. Depois de dizer que Pentephres não pisará mais em sua casa, Potifar se mostra irredutível. Ainda na prisão, Simeon pega o antigo colar de José e se lembra do passado. O vizir aparece no local, de surpresa, e conversa com o hebreu. Quando interrogado, Simeon se emociona ao falar de José, sem saber que é ele mesmo quem está em sua frente. José também se emociona, mas se controla. Simeon afirma que está praticamente conformado, afinal, tem certeza de que seu pai não o trocaria por Benjamin. Durante um reunião da família, Bila tem um acesso de tosse. O tempo passa e o alimento falta novamente. A tosse de Bila se torna mais severa. A situação no acampamento começa a se tornar crítica. Maldosa, Zilpa se aproxima de Bila, afirma que sua doença pode ser contagiosa e a expulsa do acampamento. Ruben, Judá e Levi tentam convencer Jacó de que precisam retornar ao Egito, acompanhados de Benjamin, para trazerem mais mantimentos. Zilpa diz a Naamá que expulsou Bila. A esposa de Ruben se irrita e convence Zilpa a acompanha-la para trazer Bila de volta. Com nove meses de gestação, a bolsa de Diná se rompe. Mara sai em busca de ajuda e adentra a tenda dos homens. Como as outras mulheres não estão no acampamento, Benjamin pede que Mara faça o parto. Naamá e Zilpa encontram Bila, que ainda tosse muito. O lenço que ela leva a boca está sujo de sangue. Zilpa se compadece e, acompanhada de Naamá, consegue levar Bila se volta. Mara e Tamar fazem o parto de Diná. O nascimento do bebê mexe com a filha de Naamá de forma inesperada. Como muito tempo já se passou, José diz a Azenate que deve cumprir sua palavra. Ele afirma que matará Simeon.
Capítulo 24 – 15/08 – Sexta-feira
José diz a Azenate que essa decisão já consome sua mente há algum tempo. Ele afirma que no momento certo, Deus lhe mostrará o caminho. Mara e Jacó ficam desesperados com a possibilidade de Benjamin viajar para o Egito. Todos se assustam ao ver Bila sendo trazida para o acampamento. Ela aparenta estar muito doente. Ruben tenta ampará-la, mas Jacó o segura pelo braço e não permite. Diná e seu marido ficam encantados com o bebê. Ela ainda se mostra arredia quando o assunto é sua fé em Deus. Jacó consola Bila, que está muito mal por conta de sua doença. Jacó permite que Benjamin vá para o Egito. Mara fica triste porque acredita que o casamento será adiado mais uma vez. Jacó sugere que os dois se casem antes da viagem. Ele realiza a união do casal no mesmo local em que conversavam. Naamá sai da tenda de Bila e vai em direção a Ruben. Ela o pega pela mão e pede que se despeça de Bila antes que ela morra. Depois de terminar a cerimônia de casamento, Jacó se afasta para deixar o casal selar a união. Mara e Benjamin começam a se despir, mas ela fica receosa, temendo que essa seja a primeira e última vez dos dois. Benjamin consola a esposa e a convence de que retornará da viagem. O casal se beija, apaixonado, e se ama ali mesmo. Ruben entra na tenda de Bila. A conversa dos dois é muito emocionada. Após um beijo muito suave, Bila morre nos braços de Ruben. Ele chora, desesperado. Após o funeral de Bila, todos os filhos de Jacó se preparam para a viagem. Já no Egito, José se emociona ao ver os irmãos se aproximando. Ele vê Benjamin e fica tocado. Antes que a fila avance e todos possam vê-lo, José pede que Mitri leve os irmãos até sua casa para almoçar. Ele sai sem ser visto. Mara se desculpa com Diná por tudo que já lhe fez. As duas selam a amizade com um abraço emocionado. José pede que Azenate cuide de todos os preparativos para o almoço. Ruben e seus irmãos ficam preocupados com o banquete, mas ainda assim, são levados até o local. Enquanto caminham rumo ao templo, Sati e Hapu passam pelos irmãos de José. Ao saber quem são aqueles homens, Sati fica intrigada e encantada com todos. Seneb conduz Simeon para fora da prisão. Todos chegam à casa do vizir. Todos se curvam diante de José, mas ele pede que se levantem. Ele se emociona muito, mas tenta se controlar. Enquanto Benjamin fala, José está prestes a desabar. Ele interrompe o irmão mais novo e se afasta. Aos prantos, José diz a Azenate que só pode se revelar depois de ter certeza que todos os seus irmãos amam Benjamin. Ele lava o rosto, se refaz, e retorna para a sala. Instruídos por Mitri, os irmãos se acomodam. Eles percebem que se sentaram de acordo com a ordem de seus nascimentos e acham curioso. Benjamin recebe uma porção maior que seus irmãos. Em um clima amistoso todos brincam, sem perceber que são observados por José. Pentephres ignora os desejos de Sati. Ele afirma que já se cansou do jogo e a expulsa do templo. Hapu observa tudo, chocado. Após o almoço, José permite que os irmãos retornem a Canaã. Ele pede que todos se hospedem em Avaris para partirem no dia seguinte. Sati vai até o quarto de Hapu, cheia de desejos. Ele se nega a atender aos pedidos de sua senhora. Hapu revela que sabe tudo sobre Pentephres e expulsa Sati. Ela volta para o quarto e tenta se deitar sem acordar o marido. Potifar, que já estava acordado, pergunta o que Sati fazia fora do quarto. Ela tenta se explicar, mas o comandante fica irritado e se vira para dormir. O clima é desagradável. José pede que Mitri prepare algumas coisas antes que seus irmãos retornem para Canaã. O vizir deseja testar do que seus irmãos são capazes. No dia seguinte, o escriba se aproxima dos filhos de Jacó, que já estavam de saída. Ele afirma que um deles roubou José. Mitri afirma que aquele com quem se achar o copo de prata será escravo do vizir, enquanto os outros partirão livres. Após a revista, o copo é encontrado junto aos pertences de Benjamin. Quase nua, Sati chama Hapu em seu quarto. Ela oferece seu corpo em troca de uma vingança contra Pentephres. Dominado pelo desejo, Hapu agarra Sati e começa a despi-la. Benjamin é contido pelos guardas enquanto os irmãos rasgam suas vestes, desesperados. Mitri fica impactado com a reação de todos. Judá toma a frente e exige que sejam levados até a presença do governador. Potifar pega Sati e Hapu se agarrando. Respeitoso, Judá enfrenta José. Humildemente, ele clama por misericórdia e pede para ficar no lugar de Benjamin. José se emociona com o relato de seu irmão, está a ponto de desabar. Depois que Judá termina seu clamor, José fica em silêncio por algum tempo. Muito emocionado, ele pede que Mitri se retire junto com os guardas. Diante dos irmãos, José começa a chorar copiosamente em alta voz. Ele se recompõe, com a voz um pouco embargada e retira seus adereços para que possam vê-lo melhor. José revela sua identidade, para espanto de todos.