No que depender dos argentinos, a rivalidade com os brasileiros acaba na Rio 2016. O comitê olímpico daquele país quer se precaver de possíveis vaias nas arenas cariocas, claro, mas também espera um relacionamento melhor daqui em diante. Na cerimônia de boas-vindas na Vila dos Atletas, na última segunda-feira (1), os hermanos até caíram no samba.

Chefe de missão da Argentina, Diego Guzman disse até que se arrependeu das declarações de “boicote” à delegação devido aos sucessivos problemas na Vila dos Atletas. O dirigente exaltou o espírito olímpico e disse que a rivalidade se resume a alguns casos no futebol.

“Não tem rivalidade. Somos hermanos e não tem que haver rivalidade. No futebol, às vezes você encontra alguma coisa assim, mas não temos que dar bola para isso”, resumiu Guzman, que também ressaltou sua amizade com os membros do Comitê Olímpico do Brasil.

A rivalidade com o Brasil pode ser grande, mas ainda é incomparável em termos de Olimpíadas. Para ficar apenas na última edição dos Jogos, o time verde-amarelo somou três medalhas de ouro, cinco de prata e nove de bronze, totalizando 17. Já a delegação albiceleste levou para casa uma de ouro, uma de prata e duas de bronze, somando quatro no total.

Um dos principais técnicos da ginástica e um dos condutores da nova geração, Carlos Pinto acredita em uma evolução no quadro em relação ao último ciclo olímpico. No entanto, o próprio comitê olímpico nacional é cuidado quanto a possíveis metas.

“Essa é uma delegação em franca evolução. Nossos Jogos Olímpicos não devem ser esses. Mas isso demora quatro anos. Então tem que fazer o máximo agora e continuar acreditando nesses novos talentos”, disse o treinador.

Os argentinos já deram a deixa para minimizar com a rivalidade, resta saber se os brasileiros darão um voto de confiança a quem sempre foi hermano.

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