Encontrar um estado emocional para Dalila foi o maior desafio
A minissérie Sansão e Dalila conta com um enredo cheio de reviravoltas, com efeitos especiais e um elenco fora de série. Mel Lisboa, intérprete da protagonista Dalila, contou sobre os bastidores, rotinas de gravações e aprendizado.
R7 - Como era a rotina de gravação de Sansão e Dalila?
Mel Lisboa - Foram seis meses de gravação. Foi muito tempo trabalhando para gravar poucos capítulos. Tive um pouco de dificuldade de encontrar a linha emocional. As gravações eram muito tensas. Cada cena demorava muito para ser gravada, por causa dos movimentos de câmera e cenário.
R7 - E como era a estrutura, o elenco, produção?
Mel Lisboa - Foi feito um investimento enorme em Sansão e Dalila. Isso era perceptível quando víamos as cenas. Foram muitas externas, muitas viagens e tudo era feito com bastante cuidado. Viajamos para Minas e para a região do Nordeste para gravar. E em relação ao elenco, nós já tínhamos uma intimidade maior, pois ficamos nos preparando cerca de um mês antes das gravações. Trabalhamos muito a sensibilidade.
R7 - O que você considera mais marcante na história da Dalila?
Mel Lisboa - Ela tem muitos pontos marcantes. Não sei se poderia citar um, pois a trajetória dela é bem escrita. Tudo passa, as coisas vão acontecendo e ela vai se transformando. O ponto alto é, sem dúvida, quando ela encontra o Sansão. Mas posso destacar outro ponto: o que determina a trajetória dela é quando ela é estuprada pelo padrasto.
R7 - O que você teve de aprimorar, aprender? Quais foram os desafios para interpretar Dalila?
Mel Lisboa - Foram muitos desafios. Ter de respeitar a época, em termos de gesto, o toque ou a falta dele. Falar o texto. O maior desafio, depois de criar a personagem, foi conseguir chegar em um estado emocional, já que os capítulos nem sempre eram gravados na ordem.
R7 - E como experiência? O que você leva de Sansão e Dalila?
Mel Lisboa - Todo trabalho que fazemos a gente aprende alguma coisa. Uma protagonista te oferece isso. Levo a experiência de perceber algo que eu não gostei, coisas que eu preciso mudar.
* A entrevista foi concedida pela atriz ao R7 em janeiro de 2011