“Descobri que as rãs foram congeladas antes da gravação”

Terça, 08 de Setembro de 2015

Na hora do “valendo”, os atores encaram as pragas do Egito com toda seriedade necessária para tornar as cenas extremamente realistas. Ainda assim, sempre há aquela história engraçada dos bastidores, que arranca risada de qualquer pessoa. Em entrevista ao R7, Renato Livera fala sobre a experiência de sentir uma rã em sua “careca” e revela que o bicho foi congelado antes da gravação

A praga das rãs já movimentou as gravações de Os Dez Mandamentos e enlouqueceu os egípcios. Renato, o Simut, diz que ficou surpreso ao saber que as rãs foram congeladas.

─ Fiquei espantado com o fato de o bicho ser congelado e viver novamente. Isto foi feito para que as rãs não pulassem muito alto, enfim. Lembrei de um documentário que mostra que as rãs hibernam e permanecem congeladas durante o inverno. Depois da estação, o bicho descongela e sai pulando. O coração para e, mais tarde, aquece e volta a bater, o que é um milagre na natureza.

Sempre bem humorado, o ator diz que foi esquisita a sensação de ter uma rã na cabeça raspada. 

─ Eu senti a perereca na minha careca [brinca]. O bicho é meio nojento, gelado e viscoso. Para não escorregar, o Giuseppe Oristanio [que vive Paser na novela] tentou segurá-lo na minha cabeça. Não foi muito agradável, até porque os carecas têm uma sensibilidade 100 vezes maior.

As pragas são terríveis para o povo egípcio e causam desespero total entre os nobres. Renato conta que o personagem ficará assustado, mas terá reações engraçadas. 

─ É um assunto sério, mas Simut nasceu cômico, atrapalhado e puro. A forma como ele vai agir diante das pragas arrancará risadas do público. Na dos piolhos, por exemplo, só o jeito de Simut se coçar já é engraçado.

Segundo Renato, Simut não fechará os olhos para o mal que assombra o Egito. 

─ Ele começa a perceber que o sistema dos deuses egípcios não está funcionando porque o povo passa por um momento de enorme dificuldade. Simut, apesar de ingênuo, enxerga as coisas como elas são. Ele pensa nas oferendas e cultos aos deuses, que não estão ajudando em nada. Meu personagem questiona o deus do Egito e chega à conclusão de que existe algo errado. Curioso, ele vai em busca de uma resposta e para na casa de Joquebede [Denise del Vecchio].

 

Foto: Arquivo/produção.

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