Fernando Pavão comenta sobre seu personagem em Gênesis
Fernando Pavão interpreta o faraó Sheshi, o homem mais poderoso do Egito, na sétima e última fase da novela Gênesis, em uma trama cercada por suspense, disputa por poder e paixões intensas. E, surpreendentemente, vai cruzar o caminho de José (Juliano Laham) ao longo da história.
Em entrevista, Fernando Pavão contou ter se dedicado aos estudos sobre costumes e pesquisas sobre o Egito Antigo para mergulhar no universo do personagem. O ator explicou que Sheshi foi o primeiro faraó hicso, ou seja, não egípcio, considerado estrangeiro: “Isso por si só já é um fato diferente na história das dinastias dos faraós. Sheshi tem uma característica muito forte, que é essa ligação com o povo. Ele tem um estranhamento e uma fase de adaptação quando vai para o palácio, quando toma o poder, derrota o Apepe, que é o antigo faraó. Ele não foi uma pessoa que teve uma preparação. Portanto, ele não se enquadra muito naqueles costumes e tem algumas atitudes que fogem da tradição”.
A primeira decisão surpreendente do faraó, contrariando os conselhos dos nobres do palácio, foi incluir o povo na festa de coroação.
“Isso era uma coisa impensada na época. Porque o faraó era considerado o Hórus vivo, o deus na terra, [naquela cultura] então uma pessoa comum jamais poderia olhar para o faraó”, disse.
Além da forte ligação com o povo, o ator destacou ainda que Sheshi é muito humano, justo e que sofre por amor. A preocupação com a aprovação o levou a se casar com uma legítima egípcia, Merianat (Samia Abreu), a grande esposa real, mas, ele carrega um grande amor pela segunda esposa, Kamesha (Kizi Vaz).
“Ele é um homem passional, eu diria. Kamesha e Sheshi se conhecem desde pequenos, então, ele traz esse sentimento muito especial por ela”, afirmou, ressaltando que o faraó vivia numa sociedade em que a monogamia não existia.
Ao surgir irreconhecível caracterizado como o faraó Sheshi para a nova fase da novela, o ator comentou a mudança de visual, com a cabeça completamente raspada.
“Foi a primeira coisa que fiz na caracterização, queria ver essa minha imagem. Cruzo com muita gente aqui [nos bastidores] e ninguém me reconhece, de máscara e careca, e acho isso ótimo, porque, às vezes, a gente faz tantos papéis, e muitas vezes com uma caracterização parecida em termos de visual e de cabelo, que estou adorando”, concluiu Fernando Pavão, que precisou tirar todos os pelos do corpo para retratar uma época em que os egípcios tinham esse costume para evitar piolhos.
Acompanhe a história do faraó Sheshi em Gênesis, de segunda a sexta, às 21h, na RECORD.
Crédito da imagem: Blad Meneghel/RECORD