Repórter Record Investigação mostra histórias de quem sofreu cyberbullying
O Repórter Record Investigação desta quinta (09), às 22h30, mostra que o Brasil é segundo no mundo em número de casos de cyberbullying, que é a prática agressiva de intimidação e perseguição no ambiente virtual. Só fica atrás da Índia.
As principais vítimas são mulheres entre 14 e 35 anos, segundo a Universidade de Brasília. E quem sofre violência on-line pode desenvolver sintomas físicos e psicológicos graves, além de traumas irreversíveis.
Débora se viu cercada por milhares de comentários maldosos na internet a respeito da sua aparência. Simplesmente porque tirou uma foto com os óculos do primo e postou numa rede social. Ela ficou tão abalada com as ofensas que abandonou a escola e pensou tomar uma atitude drástica. "Eu só pensava em me matar, porque eu era chamada de demônio, faziam memes com a minha aparência, montagens, muita tristeza", relata Débora.
Desde menina, Julia sofreu violência por estar acima do peso. Ao se aventurar nas redes sociais, já adulta, para falar do assunto, viu que os ataques contra o seu corpo eram ainda mais agressivos. Levou tempo para Julia superar tudo isso. "É uma sensação de superação, passar por tudo que eu passei. Tiveram dias em que fui apelidada de mamute, gorda, Coca-Cola de 20 litros . Foram muitos altos e baixos. Hoje estou bem", revela.
Maria decidiu sair do Rio de Janeiro — onde nasceu — para tentar superar o trauma que carrega. Em São Paulo, longe dos pais, vem reconstruindo aos poucos a autoestima. Foram seis anos sendo vítima do ódio. "Dói muito, muito. Eu acho que são marcas que a gente acaba levando no dia a dia e aceitando a dor, só que é difícil abrir sobre todos os nossos traumas", desabafa.
Estudiosos ouvidos pelo programa são contundentes em afirmar que o cyberbullying mata. A reportagem exclusiva é de Marcus Reis, Laura Ferla e Natália Florentino.
O Repórter Record Investigação desta quinta-feira (09) vai ao ar às 22h30, logo após Vidas em Jogo.
Crédito da imagem: divulgação/Record TV