Figurinista de Reis ressalta inovação nos "looks" da superprodução
Os figurinos de Reis chamaram a atenção na quinta temporada por conta das tonalidades vibrantes e diferentes cores em cena. Por trás do resultado que o público vê no ar desde A Decepção, existe um trabalho árduo. O figurinista João Bertini contou como tem sido o processo de criação dos "looks" da superprodução.
“Esse projeto é muito diferente de todas as produções bíblicas que já fizemos. Partimos para uma proposta mais minimalista, com um quê moderno e simples”, destacou ele sobre os modelos escolhidos.
Bertini ressaltou que muitos detalhes precisam ser coordenados nessa construção, como o tipo de tecido das roupas — que pode variar para atores que participam de mais gravações ao ar livre ou em estúdio, por exemplo. “Cada personagem tem as suas características e a sua dinâmica, mas, ao mesmo tempo, temos um conceito geral que deve ser seguido. Sempre pensamos a cena como um todo, nunca um personagem isolado. É uma construção muito dinâmica”, disse.
O figurinista também explicou que foi feito um estudo de cor para a composição de cada papel. O objetivo era entender como valorizar as características físicas dos atores e os perfis de cada personagem. Bertini destacou que Davi (Cirillo Luna), por exemplo, precisava de tons mais frios para realçar a coloração do cabelo ruivo, como azul e verde.
“Por mais que fosse um rei guerreiro, Davi era um homem muito pacífico e sábio. Queríamos tons que refletissem a serenidade com que ele consegue gerir esse processo [de perseguições]. Ele fica muito tempo fugitivo no deserto, mas, mesmo assim, não perde a tranquilidade e a fé.”
Quem também passou por muitas mudanças na vestimenta foi o rei Saul (Carlo Porto). Quando o personagem surgiu, na segunda temporada, era um homem feliz, pai de família e temente a Deus. O visual dele era composto por muitas cores claras e roupas simples, o que mudou ao longo da história, após a coroação.
“Conforme ocorreram as transformações dele, a paleta foi escurecendo. [Na reta final] Ele já está quase todo em preto, cinza e azul marinho, cores mais fechadas, que mostram o quanto ele foi se reprimindo. Tudo o que foi acontecendo com Saul nesse processo da série o deixou mais recluso e o transformou em uma pessoa mais amarga", contou Bertini.
No elenco feminino, o público viu muitas tonalidades coloridas e vibrantes, especialmente entre as filhas de Asher (Igor Cotrim). Desde a quarta temporada, elas usam vestimentas alegres e joviais, que refletem a alegria delas. Mas Abigail (Maiara Walsh), primogênita da família e esposa de Davi, se distingue um pouco das irmãs pelas cores mais suaves. “A personagem está nos tons mais esverdeados e azulados. Eles refletem a tranquilidade dela, que é uma mulher muito sábia e íntegra”, explicou o profissional.
Já Zeruia (Juliana Boller) é uma das israelitas que optam por cores quentes. O figurinista lembrou que, na quarta temporada, ela era uma mulher que usava muito da sexualidade para conseguir o que queria. Os trajes dela variavam entre vermelho, laranja e terracota para simbolizar esse aspecto. Segundo ele, conforme as características da esposa de Jéter (Rafael Sardão) mudam ao longo da trama, a paleta acompanha essa transformação, indo para uma coloração mais neutra.
Fique ligado! A sexta temporada da superprodução, chamada A Conquista, chega à Record TV em 2023. Até lá, você pode rever todos os episódios da série em PlayPlus.com.
Crédito da imagem: divulgação/RecordTV