Domingo Espetacular exibe entrevista com o traficante Marcinho VP

Sábado, 07 de Abril de 2018

O traficante relembra o primeiro encontro com o político: “Foi num domingo, no show do Molejo. Aí subiu pro meu camarote, comeu, bebeu, me abraçou! Me elogiou pra caramba”

 

Chefe de uma das maiores facções criminosas do Brasil, Marcinho VP faz revelações sobre o crime dentro e fora das prisões e conta como ajudou na ascensão política do ex-governador Sérgio Cabral. No Domingo Espetacular desta semana, 08/04, ele revela ao programa os bastidores das negociações entre o político e o Comando Vermelho nos anos 1990, quando Cabral disputou a prefeitura do Rio de Janeiro e teria passado a frequentar o Morro do Alemão. “Ele aparecia por lá, era um mero deputado estadual, presidente da Alerj na época”, afirma. Essas visitas teriam como objetivo obter o apoio dos traficantes a sua companha: “Ajudei! Na campanha em 1996, centenas de cabos eleitorais. Tudo 0800! Ele não gastou um real! Tudo 0800! Não gastou real!”

O primeiro encontro, lembra o traficante, ocorreu durante um show no Complexo do Alemão, e ele recebeu Cabral armado com um fuzil  Sig Sauer e duas pistolas na cintura: “Foi num domingo, no show do Molejo, na época. Um showmício do Molejo. Aí subiu pro meu camarote, ficou lá no meu camarote, comeu, bebeu, me abraçou! Me elogiou pra caramba!”.  

Ao fazer um balanço deste episódio, Marcinho VP diz sentir-se traído por Cabral. “O maior Judas que eu conheci na minha vida!”, desabafa. “Centenas de pessoas apoiaram ele, ele foi lá no meu palanque, fez discurso, contou as histórias dele e me enganou direitinho! Naquela época ele era um político jovem e com ambição suficiente pra poder chegar onde ele chegou, mas... Parecia ser de uma nova geração de políticos diferentes, mas confesso que ele me enganou direitinho!”.

Marcinho VP, que foi preso um mês antes de Cabral ser eleito governador do Rio de Janeiro, em 2007, comenta sua transferência para a Penitenciária Federal de Catanduvas no interior do Paraná, logo após posse do político. “Queima de arquivo, né? Pra tentar calar minha boca. Mas ele me transferiu (..), pra mim não faz diferença, era o trabalho dele, ele era governador. É o trabalho dele. Assim, a minha indignação com ele é que ele cuspiu no prato que comeu, fez muito mal pra população carioca. Sérgio Cabral Filho foi o maior charlatão, maior facínora que eu já conheci na minha vida!”

 

O Domingo Espetacular também entrevista Gustavo Corrêa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann. Nesta semana, ele foi absolvido pela justiça da acusação de homicídio doloso e revela ao programa como a família recebeu a decisão do juiz.

E na série Mitos e Verdades, repórteres explicam por que os carboidratos são considerados os vilões da alimentação. A atração mostra a moda dos pratos com pouco ou nenhum carboidrato. E a lista dos alimentos proibidos e dos liberados.

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